TEXTO CONSTRUÍDO NA
“CAMINHANDA” JUNTO AOS ESTUDANTES
NEGRA
Maximina
França
Quero dizer que sou negra de alma
negra.
Cabelos e olhos negros
E nem por isso me sentir menor.
Quero me amar inteira: melanina e
cabelos crespos
E me sentir protegida do sol.
Quero reconhecer em mim a
inteligência da minha mente negra.
Muito mais inteligente que muita
gente, que pensa e fala muita besteira,
Achando-se melhor.
Quero dançar afoxé, maracatu do
baque virado.
Sambar e criar, com a minha
negritude.
Quero ser negra no caráter, quando
tomo as mais nobres atitudes:
Quando não desisto,
Quando insisto,
Quando luto pelos meus sonhos. .
Quando me oponho.
Quando não me omito e, sem me
importar com patentes,
Sou valente.
Quando firmo a minha decisão de ser
totalmente negra.
NEGRA, como a Rainha Nzinga
NEGRA, como Chiquinha Gonzaga,
NEGRA, como Lélia Gonzales
NEGRA, como Expedita Helena
NEGRAS, como tantas negras
anônimas, que marcaram e marcam
positivamente a vida de quem as conhece.
NEGRAS, como o CHOCOLATE.
NEGRAS, como o PETRÓLEO.
NEGRAS, como o CAFÉ.
NEGRAS, como a NOITE... NEGRA.
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