Em sua Assembleia Geral celebrada na
cidade de Nova Iorque, em dezembro de 2011, a Organização das Nações Unidas
(ONU) aprovou a Resolução A/66/460, pela qual tornou suas as recomendações formuladas
pelo Grupo de Trabalho de Especialistas sobre os Afrodescendentes, em seu
décimo período de sessões, sobre a proclamação de um decênio para os
afrodescendentes e decidiu que o Decênio para os afrodescendentes inicie em
2012.
A Assembleia Geral solicitou ao
Grupo de Trabalho de Especialistas sobre os Afrodescendentes que, no seu
próximo período de sessões, seja formulado um programa de ação para o Decênio
para os Afrodescendentes, que se ponha em funcionamento em dezembro de 2012, a
fim de que o Conselho de Direitos Humanos o aprove e transmita à Assembleia
Geral para que o faça seu no sexagésimo sétimo período de sessões da mesma.
Na Resolução A/66/460 se destacam as
atividades realizadas no contexto do Ano Internacional dos Afrodescendentes, entre
elas a Primeira Cúpula Mundial de Afrodescendentes, celebrada na cidade de La
Ceiba, Honduras, em agosto de 2011 e o Encontro Afro XXI que ocorreu em
Salvador – Bahia (Brasil), em novembro de 2011, sob o comando da Secretaria
Geral Iberoamericana (SEGIB). Ambos eventos contaram com a participação de
representantes do “movimiento social
afropanameño”.
Espera-se que a proclamação do
Decênio dos Afrodescendentes por parte da ONU sirva ao propósito de impulsionar
um conjunto de estratégias que estimulem à criação de melhores condições
econômicas, políticas, sociais e culturais para milhões de homens e mulheres de
ascendência africana ao redor do mundo, que hoje em dia sofrem a exclusão
social em suas respectivas sociedades. No caso particular da América Latina,
com uma população que beira os 200 milhões de afrodescendentes, dos quais 50%
está mergulhada na pobreza, a decisão adotada pela Organização das Nações
Unidas surge como uma nota de esperança.
FONTE: http://www.labhoi.uff.br/node/144