27 de ago. de 2012

Nações Unidas proclama decênio dos afrodescendentes a partir de dezembro de 2012



         Em sua Assembleia Geral celebrada na cidade de Nova Iorque, em dezembro de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Resolução A/66/460, pela qual tornou suas as recomendações formuladas pelo Grupo de Trabalho de Especialistas sobre os Afrodescendentes, em seu décimo período de sessões, sobre a proclamação de um decênio para os afrodescendentes e decidiu que o Decênio para os afrodescendentes inicie em 2012.

               A Assembleia Geral solicitou ao Grupo de Trabalho de Especialistas sobre os Afrodescendentes que, no seu próximo período de sessões, seja formulado um programa de ação para o Decênio para os Afrodescendentes, que se ponha em funcionamento em dezembro de 2012, a fim de que o Conselho de Direitos Humanos o aprove e transmita à Assembleia Geral para que o faça seu no sexagésimo sétimo período de sessões da mesma.

             Na Resolução A/66/460 se destacam as atividades realizadas no contexto do Ano Internacional dos Afrodescendentes, entre elas a Primeira Cúpula Mundial de Afrodescendentes, celebrada na cidade de La Ceiba, Honduras, em agosto de 2011 e o Encontro Afro XXI que ocorreu em Salvador – Bahia (Brasil), em novembro de 2011, sob o comando da Secretaria Geral Iberoamericana (SEGIB). Ambos eventos contaram com a participação de representantes do “movimiento social afropanameño”.

            Espera-se que a proclamação do Decênio dos Afrodescendentes por parte da ONU sirva ao propósito de impulsionar um conjunto de estratégias que estimulem à criação de melhores condições econômicas, políticas, sociais e culturais para milhões de homens e mulheres de ascendência africana ao redor do mundo, que hoje em dia sofrem a exclusão social em suas respectivas sociedades. No caso particular da América Latina, com uma população que beira os 200 milhões de afrodescendentes, dos quais 50% está mergulhada na pobreza, a decisão adotada pela Organização das Nações Unidas surge como uma nota de esperança.


FONTE: http://www.labhoi.uff.br/node/144

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